Faça sua inscrição na Lista VIP do Surtei a Toa e garanta sua vaga na ÚLTIMA turma!

Ganhe novos superpoderes para se relacionar e ser amada, saber receber, saber colocar limites e se comunicar, existir verdadeiramente e poder mostrar seu coração de verdade com coragem em qualquer relação.

Existe muita vida te esperando!

As inscrições para a próxima turma do Surtei a Toa serão abertas no dia 18 de Julho

Acompanho de perto cada turma do Surtei a Toa, e por isso as vagas são realmente limitadas (diferente dos meus demais cursos).

Mais de 200 mil mulheres me acompanham em todos meus canais, e não consigo atender nem 1% dessas mulheres em uma turma do Surtei.

A única forma de garantir sua vaga é participando da Lista VIP e fazendo sua inscrição na primeira hora do dia

Então se esse movimento faz sentido pra você, não deixe de entrar na Lista VIP e ter a chance de viver essa transformação ❤️

E AGORA AQUI ESTÁ TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O SURTEI À TOA:

Você parece "resolvidona" por fora, mas por dentro... sente que não é bem assim?

Se você está com dificuldades de se relacionar com outros e com você mesma, esse curso é para você e vou te explicar porque e como ele vai te ajudar.

"O curso mais FODA, incrível e lindo de toda a minha vida. Voltei a respirar e existir. Voltei a viver."

- Michelli

Um curso online para mulheres que querem amadurecer e aprender a se relacionar do ZERO com ela, com os outros e com a vida!

Surtei a Toa conta com muita pesquisa prática e extensa, feita com todo carinho do mundo, e com ensinamentos raros que não você não encontra com facilidade em outros lugares.


Ele foi criado para você, mulher, incrível, possível e real que:

Cansou de ser fortona, fazer tudo sozinha e por dentro se sentir pesada demais;

Cansou de se isolar, se esconder atrás de máscaras e papéis, e tentar ser perfeita;

No fundo se sente “carentona”, paradoxalmente, tentando agradar todo mundo;

Cansou de atrair e viver os mesmos padrões nas relações (amorosas, amizades,familiares, trabalho, etc)

Quer ser conhecida, amada e amar de verdade;

Quer aprender a sentir o que sente de e ser mais verdadeira com a sua vida;

Quer amadurecer e aprender a se relacionar como uma adulta.

O Surtei a Toa foi feito pra te devolver pra você mesma e te ensinar a criar relações completamente diferentes e satisfatórias em qualquer área da sua vida.

Esse é o meu curso mais completo e transformador. Inteiro com aulas gravadas para você assistir quando e onde quiser, com Sessões de Perguntas e Respostas ao Vivo comigo para tirar todas as dúvidas que você tiver.

Acredite. Este será dos melhores investimentos da sua vida. A frase que eu mais escuto das minhas alunas, é que este curso é um grande divisor de águas na vida delas. Com certeza será na sua também.

Tem muita vida te esperando pela frente!

"Um dos melhores investimentos da minha vida. O processo de cura está sendo incrível e lindo. Jamais imaginei se o curso fosse tocar em tantas feridas que eu sequer sabia que tinha. Me sinto bem mais madura. Aprendo a estabelecer limites, fazer pedidos, lidar com a vergonha, mudar comportamentos abusivos comigo mesma. Não tenho palavras para agradecer como se curso mudou a minha vida."

- Floral L.

Pode ser muito provável que você tenha várias áreas da sua vida indo muito bem e você até sabe atrair relacionamentos amorosos, de amizade… mas no fundo:

Sente que não sabe o que é se relacionar ou o que é um relacionamento saudável.

Não sabe se comunicar nas relações: o que está sentindo, quais são seus limites, suas necessidades, pois talvez ainda não tenha clareza de que possui: limites, necessidades e sentimentos. E muito possivelmente tem medo da reação do outro, caso comunique algo nesse sentido.

Talvez você teve que amadurecer cedo na vida, mas a base de fingir que amadureceu, e hoje, lá no fundo do seu coração, se sente fingindo que dá conta de tudo.

Talvez você se culpe, se cobre, se exija e se critique demais, passando sempre dos seus limites: quer ser perfeita para só então começar a ir pra vida e pro mundo, seja na carreira ou em relações. E talvez você acredite piamente que é isso que precisa para ter para ter relações melhores.

Talvez não saiba que sente vergonha internalizada e vergonha de si mesma e que tenta nunca entrar em contato.

Pode ser que você se relacione através de comportamentos codependentes se relacionando através de papéis, performance do que faz para o outro, e talvez tentando salvar o outro ou querendo ser salva.

Pode ser que pense que só sexo é o que é necessário para criar uma relação e não sabe o que seria necessário para criar o resto.

Pode ser que se atraia por pessoas: com medo de compromisso, desajustados, viciados, irresponsáveis. E que pessoas mais estáveis não lhe atraiam, e você as considere tediosas.

Pode ser aquela pessoa que quer salvar, consertar, aconselhar todo mundo… mas nunca tem alguém do seu lado para te apoiar, ou se tem não consegue receber e pedir ajuda.

Se torna mãe/terapeuta/coach/recreadora/nutricionista enfermeira/psiquiatra nas suas relações…

Talvez se envolva em dramas sempre nos mesmos padrões.

Se você se identificou com algumas posturas acima, saiba que não adianta só conquistar novas relações e sim, amadurecer sua personalidade e curar padrões internos que te fazem recriar as mesmas situações e pessoas num looping infinito.

E como você ainda não amadureceu em algumas áreas da vida, você não consegue nomear o que sente, como sente e então, se desespera, deixando sua vida seca. Provavelmente falta suculência na sua vida. Ela anda ser cor.

Talvez não saiba o que sente ou como sentir, e quando consegue sentir se desespera

Pode ser que tenha medo de intimidade com outra pessoa, apesar de dizer que é o que mais quer.

Pode estar "masculinizada demais": sem estar em contato com seu lado feminino e com a sua energia feminina que promove bem-estar, te permite receber, ter prazer, ir com mais calma e sentir o que sente.

Talvez esteja pisando em ovos para falar com as pessoas: desde seu chefe, amigos, familiares, relações amorosa e até o cara do Uber.

Pode se sentir constantemente a beira de um ataque de nervos ou depressão.

Pode sentir que ninguém a conhece de verdade.

Pode ser comunicativa, mas tem uma vida dupla:

Pode ser viciada em autoconhecimento ou estar em spiritual bypass (fuga ou escape espiritual) fazer mil cursos, ler mil livros, mas talvez sem perceber você faça isso para não entrar em contato de verdade consigo mesma, como sentir e com o que é desconfortável.

Pode sentir que precisa fazer demais ou se doar demais para ter amor das pessoas. Que precisa ser admirada e vista como "fortona" para ser amada. Ou que sua carência poderá garantir o cuidado dos outros.

Mesmo após anos de psicanálise, muitos cursos, práticas e livros, sinto que o Surtei a Toa foi o meu primeiro passo de verdade a entrar em contato comigo mesma. Essa tarefa é individual, mas é primordial que haja uma guiança em grupo de apoio.

- Clara L.

Quando o assunto é LIMITES e NECESSIDADES:

Sabe como comunicar cada vez com mais clareza quais são os seus limites em qualquer relação com graciosidade.

Descobre e terá a clareza de quais são as suas necessidades. Saberá como pedir e comunicar o que você realmente precisa nas relações.

Sabe dizer não.

Sabe dizer sim melhores.

Sabe lidar com conflitos e saberá que pode entrar em qualquer relação ou situação, porque tem exata clareza dos seus limites e sabe que pode se proteger.

Quando o assunto é VOCÊ MESMA:

Você descobre qual é o grande segredo para realizar a cura da sua criança interior.

Pratica com maestria a autocompaixão e não a pena de si.

Aprende a se tratar bem e ser gentil com você em qualquer parte de qualquer processo seu.

Sai do sufocamento emocional que carregava praticamente a vida toda e aprende a lidar com suas emoções como adulta.

Sabe criar uma relação sólida com você mesma te tirando da carência afetiva.

Se permite sentir o que verdadeiramente sente.

Sabe como ficar com você mesma.

Quando o assunto são RELACIONAMENTOS & INTIMIDADE:

Aprende a entrar nas relações de igual para igual e o que fazer para não se colocar como superior ou inferior.

Aprende a comunicar o que sente sem dramas e acusações, de maneira segura.

Aprende e sabe exatamente como escolher e como transformar relacionamentos, sejam quais forem, em relacionamentos saudáveis.

Aprende sobre como estabelecer a verdadeira intimidade e com quem estabelecer ela.

Aprende a amar melhor e se doar sem se sacrifiicar.

Sabe e cria conexão profunda com os outros e se permite ser vista, escutada e compreendida.

Transforma relações antigas em relações seguras. E sabe atrair e reconhecer pessoas seguras para se relacionar.

Aprende a sair de máscaras e papéis: fortona, carente demais, a salvadora, a mãezona, a perdida e outros.

Não precisa FAZER DEMAIS para ser amada. Não precisa SE DOAR DEMAIS para ser amada.

Aprende a se doar de forma produtiva e saudável!

Quando o assunto é VERGONHA e CULPA:

Você toma consciência da sua vergonha internalizada que, com certeza, a corrói e a impede de se expor na vida e nas relações. Então, começa seu processo de cura interior.

Se permite ser vista e conhecida de verdade por quem você deseja.

Aprende a lidar com a sua culpa.

Começa a revolução no seu perfeccionismo: Aprende a errar, celebrar o erro e se arriscar mais.

Aprende a se divertir mais.

Sai do isolamento físico e emocional.

Tem mais coragem para se expor nas relações.

Se abre mais para a vida!

Quando o assunto é FAMÍLIA:

Ganha destreza para lidar com situações em família.

Está curando a relação com a mãe e/ou com o pai dentro de você.

Consegue exercer o pertencimento a sua família, independente do tipo de relação que tenha.

Sai da posição de pai ou mãe dos pais ou irmãos e toma seu lugar na hierarquia da sua família, independente de qual seja sua situação familiar, o que a fortalece para o resto da sua vida.

Quando o assunto são COMPORTAMENTOS CODEPENDENTES x SAUDÁVEIS:

Você sabe como parar com comportamentos não saudáveis, como: tentar salvar o outro, ser invasiva, aconselhar demais, esperar alguém te salvar e permite com leveza que cada um se salve.

Se liberta de compulsões e de escapes: trabalhar demais, comer demais, netflix demais, sexo demais, compras demais, beber demais e outros.

Quando o assunto é SUA ENERGIA
FEMININA & MASCULINA:


Você saberá entrar em contato com sua energia feminina.

E usar sua energia masculina

Quando o assunto é AMADURECIMENTO EMOCIONAL:

Para de deixar sua criança dominar sua vida.

Amadurece emocionalmente.

Quando o assunto é SUA VIDA:

Sente que finalmente existe, encarnou e tem uma vida própria pra chamar de si.

Apropria-se da sua vida.

Está em contato com a realidade e não com a fantasia.

Toma decisões melhores.

Está focada na solução e não no drama.

Abre mão do controle, sabe relaxar e se divertir mais.

Tem clareza de seus valores e o que é essencial para você.

Sabe o que quer e o que vale a pena utilizar seu tempo e energia.

Estas são algumas das transformações profundas do Surtei a Toa e do meu trabalho com mulheres.

Essa é uma das minhas maiores missões: te ajudar a sentir que você realmente existe e que pode ser feliz!

"Melhor decisão do ano! O Surtei me deu ferramentas que sei que vão me ajudar pro resto da vida! Esse curso é amor, transformação."

O Surtei a Toa é um processo de desenvolvimento pessoal para mulheres
AMADURECEREM E SE RELACIONAREM e é dividido em 6 pilares práticos:

VOCÊ GANHA "SUPER-PODERES" AO MUDAR SEUS COMPORTAMENTOS ATRAVÉS DESTES PILARES:

Entender que você existe (sair desse vazio que você sente quase desde de sempre e não entende porque) e isso te dá o superpoder de finalmente focar no que vai te fazer feliz.

Mostrar seu coração de verdade com mais coragem, e com medo também, mas agora você terá o superpoder de lidar com esse medo e achar lindo que você é humana por isso.

Sentir o que você sente, entrar em contato com o que são as suas necessidades e poder falar e pedir o que precisa (isso não te dá o poder de garantir que irá receber um sim, mas que saberá o que fazer com a resposta que receber).

Saber expor seus limites e isso te dá o superpoder de entrar em qualquer situação, pois você sabe que pode se cuidar, ou seja, você acaba arriscando mais porque perde o medo da vida e dos outros.

O superpoder de amar mais o outro sem tentar controlar ou consertar o outro (não tem coisa mais maravilhosa do que sentir isso no seu coração).

Ser amada e saber receber. Receber é outro superpoder subestimado. Você não tem ideia de como sua vida e relações mudam quando você aprende a fazer isso.

"As mudanças são IMPRESSIONANTES. Tenho uma vida pela frente pra te agradecer por dividir de um jeito tão libertador tudo o que aprendeu."

Pudesse sentir o que você sente de verdade;

Soubesse quais são seus limites e como comunicá-los;

Tivesse amadurecimento emocional para lidar com a vida;

Sentisse pertencimento a sua história e na sua família;

Abraçasse as dores da sua criança ferida e ativasse a sua adulta;

Soubesse lidar e bancar a culpa e se permitir errar e arriscar muito mais;

Tomasse consciência da sua vergonha internalizada e soubesse lidar com ela;

Ativasse a sua Energia Feminina e aprendesse a receber mais da vida;

Pudesse se mostrar e expor quem você é;

Soubesse criar uma conexão mais profunda e segura com os outros se permitindo ser vista, escutada e compreendida (pudesse ser isso para os outros também);

Vivesse dentro das relações e não se vendo de fora;

Parasse de pisar em ovos;

Parasse de pirar tentando ser: mãe, terapeuta, recreadora, coach, enfermeira, nutricionista dos outros

Aprendesse a amar e ajudar de forma saudável e pudesse receber mais amor também;

Se permitisse ser conhecida de verdade;

Saísse do isolamento emocional.

Como a sua vida seria?

Quando foi que você parou de acreditar que isso seria possível para você?

Eu descobri que tem MUITA vida esperando pela gente. Podemos ter uma vida digna e feliz de fato, podemos ter relações sólidas, divertidas, gostosas e profundamente nutridoras.

Eu sei que muitas de nós não tem o registro da experiência do que é ter isso (eu não tinha) e eu quero te ajudar a ter tudo isso e sentir isso no seu coração (e não na sua cabeça!).

Eu quero te ajudar a: entrar na sua vida, e talvez pela primeira vez, se sentir viva de verdade!

E AGORA QUE VOCÊ JÁ SABE DE TUDO ISSO, VOU TE CONTAR COMO O SURTEI A TOA 10.0 VAI FUNCIONAR:

Serão 12 semanas com aulas gravadas e 1 módulo liberado semanalmente e a cada semana terão a sessão ao Vivo com Perguntas e Respostas comigo, para você tirar todas as suas dúvidas ou trazer alguma questão que você queira trabalhar.

Serão abordados: conteúdos novos, exercícios, práticas, ferramentas e estratégias. Além de espaço perguntas e respostas diretamente comigo.

* As aulas da Sessão de Perguntas e Respostas serão ao vivo, mas ficarão gravadas e guardadas na nossa área de alunas para quem não possa participar ao vivo, possa ver e rever sempre que quiser no seu período de acesso.

Veja relatos de quem já fez o Surtei à Toa

Entendi Ari, mas não sei se o Surtei a Toa 10.0 é para mim ainda…

Pra quem é o Surtei?

Mulheres casadas e solteiras, enroladas, héteros, bis, homo, o que for. Para mulheres com comportamentos codependentes, independentes, fortonas, ou carentes assumidas, ou tudo isso junto e misturado.

Este é um trabalho para mulheres que cansaram de esperar a salvação vir de fora e estão comprometidas em mudar.


Pra quem não é o Surtei?

Pra quem não gosta de ler, trocar, estudar e crescer. Ou para quem esteja buscando respostas prontas e não tem paciência para passar pelo processo conscientização e de mudanças de comportamentos. E não desejam viver uma jornada, a sua jornada, com tempo e dedicação.

Não é um lugar para uma “cura rápida”, e sim um lugar para aprendermos novos comportamentos e olharmos pra dentro.

A cura vai vir de você, seu trabalho, do quanto você está disposta a se priorizar ao invés dos outros. E também de você buscar outras formas de apoio profissional especializado e adequado para trabalhar questões que surjam e mereçam atenção e carinho. Você merece!

*Também não é para quem está buscando a cura de algum desequilíbrio específico, unicamente por esse canal. Este curso não substitui terapia personalizada. Saiba que se você tem uma condição séria, é necessário que você tenha acompanhamento terapêutico adequado, com a atenção e o cuidado para você, que você merece.

Essa é a segunda parte do texto: Parte #1: “Ninguém aqui tem diploma de recreadora” sobre agradar, poupar, proteger, tranquilizar, encobrir, fazer todo mundo se sentir confortável o tempo todo, cuidar e ajudar. Se você ainda não o leu, nele conto um pouco da recreadora em mim. Leia aqui.


(continuando)

Mas como age uma recreadora?

Pois bem, vejamos alguns exemplos cotidianos de como se comporta a RECREADORA em nós. Do diploma que precisamos rasgar. Do curso que precisamos parar de atender: O curso de formação de recreadoras para a Vida:

O outro me machucou, emocionalmente (ou até fisicamente) e estou o que? Estou lá tentando amenizar pra ele. Pra ele não ficar desconfortável com o que fez. Estou lá, preocupada com o outro sofrer de culpa e ficar triste. Preocupada, porque, afinal, algo em mim me diz: eu aguento (sou mais forte, logo superior). Sem perceber que eu não aguento é ver o outro no desconforto.

Já se viu fazendo isso? De recreadora do outro, pra fazer ele se animar, quando a machucada foi você?

Ou então. Sabe quando alguém acabou de fazer algum tipo de cagada ou em família, no trabalho, ou em algum grupo que você está, e tudo que você tá louca que aconteça é que todo mundo só volte a se sentir confortável de novo? E quem tem a tarefa de fazer isso na sua cabeça é sempre você? Você sempre precisa amenizar o ambiente. Se esse é SEMPRE o papel que você precisa fazer, ele provavelmente, vem do diploma de recreadora.

Pode acontecer quando estamos num restaurante/loja onde somos atendida e alguém erra alguma coisa. Algo que era responsabilidade dela mas que algo dentro de nós nos diz assim: EU tenho que fazer ela se sentir bem pelo erro que cometeu? Sou EU quem precisa salvaguardar os sentimentos desta pessoa.

Podemos confundir nossa pessoa física e pessoa jurídica também. Como trabalhei em comércio desde nova: o cliente sempre tem razão e o bem estar dele vem em primeiro lugar – virou meu lema. Então sempre fui muito bem recompensada por essa qualidade de fazer o outro se sentir bem, o que me confundiu mais ainda porque me deu muito destaque, e rápido, profissionalmente. Levei o lema do trabalho pra vida, mas isso não pode funcionar como um valor.

Você pode perceber por exemplo, também, quando entra num estabelecimento, ou numa festa que está meio vazia, se você se vê sofrendo e com muito medo. Temos medo de que o lugar vai falir, ou ficamos mal pela festa ou pelo negócio ainda estar começando. Queremos logo ajudar. (E tudo bem as vezes, não é mesmo?). Mas já percebeu que o que não queremos é ver ninguém tendo que lidar de fato com a realidade? Com as dores do processo de ter que construir as coisas, de esperar, de lidar com o processo do que é simplesmente viver. Não queremos que as pessoas tenham que lidar com as consequências de que se as coisas não forem bem feitas e pensadas talvez o negócio não dará certo mesmo por enquanto. Que se não construímos relações sólidas, ou se não nos priorizarmos talvez as pessoas não virão a festa.

A verdade é que a gente passa mal com o desconforto do outro. E arrisco dizer com quase muita certeza de que é porque nós não queremos sentir. E, calma, respiremos.  Se abrace, pois temos nosso legítimos motivos para termos desenvolvido tanto medo disso. No fundo dizemos que sentimos muito mas não queremos sentir, e o que dói é a resistência. E por estarmos de alguma forma longe de nós, do nosso sentir, de nossos verdadeiros sentimentos, vontades, gostos e desgostos, o sentir do outro nos ameaça.

Percebi, que a recreadora em mim, quer sempre que o outro se sinta super a vontade perto de mim, querer que o outro confie muito e rápido em mim sem termos nos dado tempo de construirmos isso de verdade, ou nem de saber se queremos construir isso.

Já descobri até poupar meu próprio diário de mim mesma. Escrevo diário desde meus, 6 anos de idade, mais ou menos. E descobri que para ele eu tinha que dar uma aliviada ou dizer que tava de alguma forma no controle pra poupá-lo. Percebi fazer isso porque senti a vida toda que os adultos a minha volta não iam dar conta de mim. Então aprendi a poupá-los e hoje vejo, e me estou me perdoando por isso, o quanto eu perdi deles me conhecerem de verdade. Poupei até meu diário de me conhecer. Ou seja, me poupei de eu mesma saber de mim. E com isso eu não demonstrei nem pra eles, e nem pra mim mesma o que precisava.

A recreadora em mim quando o outro contava piada chata, sem graça e incomôda, até mesmo sobre mim, ou quando o outro era irônico e sarcátisco de uma maneira que me incomodava, ria ou sorria pra não deixar o outro sem platéia e nem o deixá-lo sem graça. Não dando a chance dele poder entender que o que ele falou não era tão, ou nada, bom assim.

A recreadora em mim quer até resolver as tensões que acontecem dentro de mim. Se alguém não me fizesse me sentir bem por algum motivo, e eu de alguma forma desenvolvesse uma antipatia, eu precisava resolver até isso. Me esforçar um pouco mais pra gostar dela, porque a recreadora em mim não poderia sentir esses desconfortos.

E antes da gente seguir pro final deixa eu dizer uma coisa importante:

Eu não vivi só sendo a agradável tá? Pelo contrário, quem me conhece poderá dizer, que sempre oscilei muito, entre querer agradar demais e ir para o “foda-se-todo-mundo-eu-não-ligo-pra-ninguém”, sabe como? É o que muitas de nós fazemos tentando sair da coisa toda de ser recreadora. E tudo isso trouxe coisas boas? Sim. Mas no fundo eu tava ainda querendo aprovação através desse papel. Ainda estava querendo agradar, querendo me provar mais forte. Me fazer de tô-nem-ái sem ser de verdade, assim como agradar demais, só me isolava, me fechava, ou fortalecia no outro a ideia de que eu tava mais bem resolvida do que tava e de que não precisava de ninguém.

Dito isso, podemos continuar. Você pode estar pensando: Me explica melhor Ariana isso de “não estamos aqui para fazer o outro se sentir bem”.

Deixar de ser recreadora, não é sobre fazer mal pro outro. Não é sobre deixar o outro mal propositalmente, não é sobre negar ajuda. Nem deixar de ser legal.

É sobre priorizar a única coisa que temos controle: nós mesmas. É sobre focar no que é nosso. A nossa parte.

Dizemos que estamos mal, tristes, que não temos vontade, não sabemos o que desejamos ou não sabemos o que queremos fazer da vida. Mas como poderíamos nos sentir diferentes, se na verdade, silenciosamente ou não, nossa meta ainda é: fazer o outro se sentir bem e tirar o desconforto do mundo.

Pra mim parece necessário ouvir: “Não temos curso de recreadora” muitas vezes. É um grande alívio! É o tipo de coisa que é bom pra mim lembrar todos os dias e quiça considerar tatuar, na testa, rs. E isso não inválida jamais viver em harmonia com o outros, ou deixar de me envolver, e me relacionar. Pelo contrário, faz eu entrar mais com tudo mais inteira do que pela metade nas coisas. Faz eu poder estar em contato com tudo que quero e também com o que eu não quero. E isso é o que faz com que eu possa começar a criar intimidade real, ter relações mais reais, verdadeiras e saudáveis.

Deixar o outro saber realmente o que se passa em mim, e deixar o outro fazer a parte dele: expressar o que se passa dentro dele. E poder começar a crescer de verdade numa relação. E isso é o que eu quero.

Para uma codependente, recuperação significa: se dar permissão de se sentir “egoísta”. Egoísta no sentido do que ela considerava antes ser egoísta, mas que na verdade não é (você só será egoísta mesmo se NUNCA ligar para o que o outro sente ou se NUNCA quiser compartilhar nada, ou se SEMPRE apenas dizer não).

Parar de ser recreadora significa que podemos perceber que: A gente perde tanto tempo tentando provar ser boa porque na verdade a gente não acredita ser. E começar a cuidar disso. Começar a se saber suficiente.

Parar de ser recreadora significa parar de tentar perdoar todo mundo (ufa, que alívio) e sim começar a se perdoar por tudo que sentimos. Deixar de focar no outro. Parar de tentar ser um ideal de pessoa que só sente coisas boas. E olhar pra nossa própria culpa, nos darmos o colo que precisamos, e nos liberar do passado que carregamos como peso.

Saber que aturar o comportamento ruim do outro, poupar o outro de respostas emocionais negativas, ou negar dizer como nós nos sentimos (e não como eles nos fazem nos sentir), não é se relacionar saudavelmente. Pode ser difícil pro outro lidar com a parte dele, sim. Talvez ele precise aprender sobre isso e pode ser difícil pra nós testemunharmos isso também. Mas talvez seja isso que precisamos para mudar e crescer, da mesma forma.

Não ser uma recreadora é saber que desconforto e tensão precedem a expansão e a transformação. Quando nos metemos no processo do outro tentando o tirar prematuramente do desconforto, muitas vezes estamos tirando o outro de justamente aquilo que ele precisa passar para acertar lá na frente. É lembrar que o doente só vai buscar ajuda quando ele sente a dor dele.

E isto é estar na realidade. O outro sentir o que é do outro e nós o que é nosso. Chama-s realidade, e é o único lugar onde as coisas realmente acontecem. E isso é difícil. Estar de fato na realidade. Pelo menos pra mim. Mas cada dia tem melhorado um pouco mais.

Largar a recreadora é aceitar que a vida é desconfortável, e que ela nos pede coragem de atravessar os desconfortos.(Penso que talvez eu tenha nascida ariana, pra descobrir essa verdadeira coragem em mim). Tudo que vale a pena viver vem com desconforto. Pra nascer, ou pra dar início a qualquer coisa e precisamos sair do conforto.

E a gente nasceu, e passou por desconfortos para termos uma vida. Uma vida nossa. Gastar ela pra tirar o desconforto emocional do outro, que pode fazer ele crescer, não pode de ser a nossa razão de estar aqui não é mesmo?

Parar de recrear para parar de achar que para sermos amadas precisamos nos esforçar e ir além dos nossos limites.

Carregamos muita culpa, inconsciente, pela ideia de que precisamos ser boazinhas, e jamais conseguimos chegar nesse ideal. Andamos por ai, todos nós pelo mundo, com síndromes de impostores porque temos que esconder quem somos de verdade. Esconder que nós sentimos tudo, sobre todo mundo, o tempo inteiro.

Eu preciso estar de olho na parte em uma parte em mim que prefere morrer do que ver o outro desconfortável. Porque ser recreadora do outro é muitas vezes o oposto de ser compassiva e boa pra mim mesma.

A verdade é que nos enganamos de compreensivas. Sim, leia com amor: Primeiro porque não somos com nós mesmas, e segundo porque só somos compreensivas até a página dois, quando estamos em relações superficiais sem a nossa entrega, sem nos mostrarmos de verdade, ou seja, no controle. Quando realmente entramos na relações para ter entrega e intimidade nos deparamos com uma “eu” nossa muito diferente da recreadora, cheia de intolerâncias, que encontra um milhão de defeitos nos outros, como de fato fazemos com nós mesmas. E assim nós nos protegemos do amor, por medo. Achamos defeitos nele. Em nós, nos outros. Mas calma. Respiremos. A gente precisa se perdoar por isso, saber que faz parte, se abracar e saber: é bom saber disso sabe por que?

Saber que não somos tão compreensivas assim nos deixa livres para abandonar mais facilmente a máscara da recreadora. Aceitar quem somos e o que sentimos e olhar pro medos é o primeiro passo para ficarmos com nós mesmas. Saber que, sim, tem partes nossas intolerantes nos ajuda a poder amadurecer e crescer. E entender que muito disso é saudável porque nos indica que não aceitamos tudo, e que gostamos de algumas coisas e outras não. E cada passo que nos olhamos com mais verdade confiamos mais em nós mesmas e nos sentimos menos mentirosas, assim vamos nos sentido seguras pra ser quem realmente somos com o que realmente sentimos.

Respiremos. Você não está sozinha.

E agora, separei para nós, de uma texto da Bethany Webster (valeu Bethany e valeu Mel Setubal por me enviar esse texto!) fatos e dicas importantes para PARAR DE TENTAR RESOLVER A TENSÃO E O DESCONFORTO de todos e do mundo.

Leia com atenção e carinho:

>> Aqui exemplos de como não ser mais uma recreadora que corre pra resolver o desconforto e tensões da vida:

  • permitir que as pessoas experimentarem seus desapontamentos sem precisar correr para consertá-los
  • colocar limites sem se sentir obrigada a dar explicação
  • dizer não como uma frase completa em sim mesma
  • confiar que todos os outros adultos podem tomar conta das suas próprias necessidades
  • não atribuir a insatisfação das pessoas a algo que você fez de errado
  • permitir que as pessoas processem suas emoções negativas sem perceber isso como um problema a ser resolvido
  • não correr para preencher o vazio numa conversa
  • confiar que se as pessoas tiverem um problema com você, elas vão te falar. E até lá, não rumine sobre isso
  • Tomar as pessoas pelas palavras delas e não tentar assumir coisas ou ler mentes
  • Permitir que as pessoas experimentem as consequências naturais das suas ações sem tentar correr para proteger elas disso
  • Ouvir seu eu interior e fazer o que é certo para você. E não usar o possível desconforto dos outros como o que determina as suas escolhas. (senti um leve tapa na cara aqui?)

>> Aproprie-se do que é seu e solte o resto. Algumas coisas para lembrar:

  • Dizer “Não”, não é equivalente ao “Abandono” (choquei a primeira vez que li isso de tão real que isso me parecia)
  • Não estamos abandonando outros adultos quando dizemos não
  • Quando não corremos para resolver o desconforto ou tensão no ar, um espaço se abre para que algo novo aconteça (forte, forte, forte! respiremos)
  • Nossa corrida para resolver a tensão e desconforto reflete como não tivemos outra escolha como crianças. Hoje é sobre nós e não sobre os outros
  • Correr para resolver tensões e desconfortos é roubar as pessoas das suas próprias experiências
  • Ficar presente, “hold space” e testemunhar é uma forma de respeito

Novas crenças para nós, podem incluir:

  • Eu posso ser eu mesma separada dos outros e ser amável,
  • Eu posso tolerar outras pessoas não me entendendo,
  • Eu estou segura mesmo quando as pessoas não gostam de mim.

E assim encerro esse longo post: “Ninguém aqui tem curso de recreadora.”

Meu sonho de codependente é imaginar o dia em que nós vamos experienciar alguém se sentir mal e não iremos sentir que é com nós mesmas, ou nossa culpa ou responsabilidade.

E me pergunto. Enquanto vivo o processo de transformação: Como é estar numa relação em que isso não seja o principal? O que é então se relacionar realmente? Venho aprendendo. Focando e ficando com o que é saudável ao meu redor, ou transformando o que ainda não é. E estamos juntas nisso!

E como sempre eu quero muito saber: Como é isso pra você, me conta, nos comentários abaixo, tudo sobre o que sentiu, sobre como é isso pra você? Eu sempre amo ler vocês e tê-las aqui.

 

p.s.: Até amanhã, domingo, 07/10/18, fica no ar a aula que gravei com tudo que queria que tivesse me falado sobre codependência, limites e amor-próprio: https://www.youtube.com/watch?v=3uAZGeOI-j0

Assim com o prazo pra se inscrever no meu novo projeto: SURTEI A TOA, que criei pra gente poder se aprofundar nestes 3 temas, para saber mais: www.surteiatoa.com.br