Extra, extra, venham todos ver… mas saibam, não é de se olhar. Não se sabe bem ao certo como, e não é certo que se possa comemorar ainda, mas apareceu com muita clareza, e houve até o exato momento em que me dei conta: Perai, o que tem de diferente aqui? Hoje posso dizer com certa certeza e dúvida: Hoje ganhei alguma nova liberdade. Ganhei espaço. Não para ser algo a mais, mas para deixar de ser um pouco menos. Menos preocupada, chata, mesquinha, dura, comigo mesma. E o que será preenchido…
Eu sou uma mulher de palavras
O que eu tenho são elas: as palavras. As vezes eu queria poder dançar, e vou lá e danço. As vezes eu queria poder pintar, e vou lá e e pinto. Mas eu queria mesmo era poder dizer, sentir, cheirar e ler, pra mim mesma as palavras que habitam em mim, que esperam longos e profundos espaços de tempo, para se tornarem próximas e conscientes. As palavras que me devolvem, que me entregam, as palavras que me denunciam, me mostram, e me dão notícias de mim para mim mesma. Por que são elas que fazem isso…