Então a gente conhece alguém.
“Menina do céu Ariana, nunca me senti assim com alguém, nunca tive essa química antes!”
Ter química é ótimo, não é?! É maravilhoso! Quem não gosta de sentir essa coisa boa. Especialmente quando a gente tá um tempo sem sentir isso.
A gente pode ter química por muita gente. Eu não sei vocês, mas eu já senti por muitas e por pessoas que jamais imaginei que um dia sentiria.
Como eu já disse, é maravilhoso, mas pode ser um grande problema quando a gente não entende o que nos acontece (no final desse post vou te dar uma dica de ouro para lidar com essa situação):
Se estamos de fato querendo desenvolver uma relação com alguém, precisamos nos atentar se aquela pessoa tem uma habilidade.
Dito isso, podemos voltar para a química e ao que estar atentas, com estas 3 dicas de ouro, que aprendi com meus maiores mestres e coloquei em prática, e que vão mudar sua forma de ver muita coisa!
Mais importante que ter química é ter uma habilidade:
DICA DE OURO #1
Vamos pensar na química como um terreno.
Vem comigo que isso vai te ajudar MUITO, como me ajudou:
Sabe quando a gente sai para comprar um terreno? A gente procura… e procura… namoramos terrenos, passamos pela frente de vários e aí tcham, achamos aquele terreno que parece ser perfeito pra gente. Para alguns é aquele do lado de um riacho ou com passagem para cachoeira, para outros o de frente pro mar, outros no bairro favorito na cidade.
É assim que a gente se sente quando encontra alguém que temos química: “Uau hein, esse terreno tem potencial pra coisas incríveis.”
Porém só com um terreno você não tem de fato onde dormir, comer, se abrigar. E se chove? E onde você vai comer, e fazer suas necessidades? Onde vai guardar suas coisas?
A gente precisa mais do que só do terreno para viver, não é mesmo? Até dá pra transar ao céu aberto, né? Mas é mais ou menos só até aí onde a coisa vai.
A química e a conexão são como esse terreno. Tem potencial? Tem… mas não tem nada construído ali.
O que a gente realmente precisa saber é: Essa pessoa é um “construtor(a)”?
Ela tem habilidades para construir? Ela está me ajudando a colocar os tijolos? Se eu colocar um, ela vai colocar outro?
Agora, muitas vezes a gente entra em uma relação, e começa a construir. Pegamos sozinhas a nossa enxada e todas as ferramentas e começamos a colocar nossos tijolos feliz da vida, pensamos: “Nossa quando essa pessoa chegar ela vai ver que coisa linda que estou construindo.”
Mas você vê… relacionamento a dois é sobre construir JUNTOS. Se não, não seria relacionamento a dois.
Não investir na relação, te deixar semanas sem falar e te ligar um dia qualquer para dizer apenas: “Que saudades!” sem te propor nada, é o mesmo que essa pessoa passar de carro na frente do terreno de vocês enquanto você sozinha está toda suada construindo, e ela te dizer: “Parabéns pela construção” e ir embora de novo.
Claro que a distância é importante em vários momentos desde o começo da relação. E claro que muitas coisas podem mudar e fazer alguém começar a investir. Porém precisamos saber quando estas duas coisas estão acontecendo e qual é diferença de alguém que está colocando tijolos um a um com você, de alguém que não colocou nada (ainda) ou não tem de fato essa habilidade.
Se queremos construir uma relação com alguém (às vezes a gente não quer, e tudo bem – então essa metáfora não é pra esse seu momento) temos que pensar num terreno, num castelo, ou numa linda casa.
Temos que avaliar se essa pessoa:
- Tem habilidades para construção.
- E se ela tem, se está usando na nossa relação.
Não é sobre ter um castelo pronto em 3 dias (até porque ele não teria uma estrutura muito sólida, não é mesmo?). É sobre, um tijolo após o outro. É sobre um colocar um tijolo e outro colocar o do outro. E sobre manter isso em equilíbrio e sem pressa.
Construir dá trabalho, requer investimentos. E toma tempo.
É preciso refletir sobre as nossas próprias habilidades de construção também!
Então não a química não é boa nem ruim, ela apenas é. O que é importante, é a gente saber o que quer e poder reconhecer no outro aquilo que o outro também quer.
E, muitas vezes, a química não está lá desde o começo.
A gente pensa: “Se não teve química então não vou sair mais com essa pessoa. Não vou prosseguir em mais alguns encontros.”
Sabe… eu te diria: Calma!
Muitas vezes a nossa química é ditada por coisas estranhas. Se a gente se acostumou a viver em um “terreno” barulhento, sujo, triste, pode ser que a gente ainda se encante por terrenos assim, e considere isso como um sinal divino.
Muitas vezes nossas escolhas vem desse lugar, familiar.
Quando somos: Codependentes (“fortonas” demais ou “carentonas” demais) ou não estamos conectadas com o que é melhor pra gente, ou quando não temos consciência de tudo que podemos receber e criar com alguém, e/ou quando ainda estamos muito feridas podemos confundir amor com muitas coisas.
Quando o nosso coração ainda está fechado para se entregar ao amor (mesmo que a gente negue este fato) podemos nos atrair por pessoas que sejam um espelho disso.
Exemplo: Se você teve um pai ausente, muitas vezes é essa sensação de ausência que vai te atrair num homem, se não mudar a referência do que é amor.
É comum, também, nos atrairmos por alguém como uma tentativa de recriar algum cenário antigo de nossa história e dessa vez tentarmos “ganhar” o que não foi possível lá trás.
Exemplo: se você teve uma mãe crítica pode ainda se atrair por pessoas que te tratam assim porque uma parte sua ainda quer mudar isso, quer tentar receber o amor desta pessoa crítica lá de trás.
Podemos também nos atrair por situações e pessoas que vão nos proporcionar DRA-MA .Conhece isso? rsrs . É muito comum.
O vício no drama não parece nada legal, mas na verdade ele nos serve para alguma coisa. Quando estamos numa relação dramática não precisamos sentir e entrar em contato com um monte de coisas que queremos evitar. O drama é uma forma de esconder outras feridas, ou nos distrair de outros problemas. Mesmo que o drama em si gere outros problemas e feridas, ele te distrai de dores difíceis pra você.
Então a gente pode confundir “amor” com o que é “conhecido”.
(Por conta disso no meu curso “Surtei a toa”, eu falo tanto da importância da gente receber amor de “pessoas seguras”. Seja em amizades, terapias, grupos, etc. Eu explico que pessoas são essas na sua vida, como são essas relações e onde buscá-las para que sua referência de amor possa mudar, e a gente possa se acostumar com o amor nos faz bem de verdade.)
Então, devido a da nossa atração poder ser maleável, seguir em mais alguns encontros com alguém que você não teve química instantânea pode ser uma grande chance para você sentir como seria um terreno: nas montanhas, na cachoeira, de frente pro mar, num bairro que nunca considerou.
E muitas vezes descobrir que era exatamente o que você queria.
O amor às vezes vem disfarçado.
Com isso já estamos entrando na esfera da dica de outro número dois:
DICA DE OURO #2
Se não for o caso de total rejeição por alguém, do tipo: “Ariana, não dá, eu tenho vontade de vomitar perto dele”.
Eu te diria: Saia mais de uma vez.
Não tô dizendo que é a pessoa da tua vida, ok?
E não estou dizendo para beijar, transar com ela. Estou falando saia algumas vezes. Não precisa ser encontros caros. Sai pra fazer algo divertido, algo simples.
E digo isso por dois motivos: 1) você pode se surpreender, aprender muito sobre você, se divertir e treinar habilidades com homens/mulheres, de se relacionar. 2) o motivo é a dica de ouro #2 que você vai ler aqui embaixo.
Aprenda a receber. A estar presente em encontros mesmo com aquelas pessoas que não bate uma química instantânea. Às vezes a química vem com o tempo, e por motivos que a gente é pega de surpresa: conhecer o coração de alguém, descobrir seu lado construtor, o jeito que ela te trata, etc.
E se não for isso aquela pessoa que vamos construir algo, mesmo assim ela pode trazer algo pra sua vida.
Esteja em contato com a sua energia feminina, que não é aquela parte que quer controlar o encontro, listar tudo que tem de certo ou errado. E sim a parte que recebe, deixa o outro se mostrar e que se permite estar atenta ao seu corpo e as suas sensações e que fala o que está sentindo.
Espere essa pessoa te dar o que ela tem para te oferecer.
Receba e observe como te faz sentir!
DICA DE OURO #3
Essa vai te surpreender mais ainda:
Se você teve uma química louca com alguém, continue saindo com outras pessoas, não foque só nela. “Mas Ariana, eu quero só ela”. Eu sei. Eu entendo demais isso.
Por ser tão forte esta nossa vontade, e a própria química, a tendência é a gente querer focar só nessa pessoa e é aí que as coisas tem grandes chances de dar errado, porque estamos ansiosas. Pensamos só nisso.
Só temos isso acontecendo na nossa vida e parece a coisa mais incrível do mundo e as expectativas mais loucas são alimentadas porque temos tempo, energia e atenção em apenas uma coisa.
Quando você segue saindo com outras pessoas, mesmo com as que te dão menos empolgação, você se mantém “na pista”, segue recebendo atenção, conhecendo outras pessoas, novas formas de ser tratada, e seu universo segue se expandindo. Você inclusive se torna mais interessante e magnética pro outro.
Você sabia que os homens, por exemplo, são muito sensíveis e conseguem sentir quando toda a sua energia está investida só nele, sendo que vocês não tem compromisso nenhum.
E sabe o que isso faz? Ele perder boa parte do tesão de te conquistar. Para homens com energia masculina, ser a pessoa que te conquistou é algo importante. E pra grande maioria de nós mulheres que desejam estar na sua energia feminina isso também é importante.
Então, não é sobre fazer jogos, não atender uma pessoa, é sobre de fato estar vivendo uma vida rica e estar aberta a opções enquanto você ainda não tem nenhum compromisso com alguém. Assim você não se coloca a mercê só do que aquela outra pessoa, e o que ela te faz sentir.
Você segue leve.
Assim você tem chances de estar muito mais lúcida para ir navegando a relação com a pessoa que sente química!
Espero que isso te ajude muito e que você encontre alguém para construir um castelo lindo, num lugar maravilhoso que muitas vezes você nem imaginaria!
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